Sarcopenia: o que é, sintomas e como tratar a perda de massa muscular no idoso
- geriatragustavo
- 19 de ago.
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A sarcopenia é a perda progressiva de massa e força muscular que acontece com o envelhecimento. É uma condição comum, mas muitas vezes não diagnosticada, que pode prejudicar a autonomia e a qualidade de vida do idoso.
O que é sarcopenia
O termo vem do grego: sarx (carne) + penia (perda).
Ela não é apenas “ficar mais fraco com a idade” — é uma condição de saúde reconhecida pela Organização Mundial da Saúde, com impacto direto no risco de quedas, fraturas e dependência funcional.
A perda muscular começa a partir dos 40 anos e acelera após os 60. Se não for tratada, pode evoluir para incapacidade e até aumentar o risco de morte.
Causas da sarcopenia
A sarcopenia é multifatorial. Entre as principais causas estão:
Envelhecimento natural: redução dos hormônios anabólicos e da resposta à proteína.
Sedentarismo: falta de estímulo muscular leva à atrofia.
Alimentação inadequada: baixo consumo de proteína e calorias.
Doenças crônicas: como insuficiência cardíaca, DPOC, câncer, diabetes.
Internações prolongadas: períodos de imobilidade aceleram a perda muscular.
Sintomas e sinais de alerta
Os sintomas podem ser sutis no início, mas merecem atenção:
Fraqueza muscular para atividades simples (subir escadas, levantar-se da cadeira).
Perda de peso não intencional.
Redução da velocidade da caminhada.
Dificuldade para carregar objetos.
Quedas frequentes.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito pelo médico, geralmente com:
Avaliação clínica: testes de força (ex.: aperto de mão com dinamômetro).
Avaliação funcional: velocidade de marcha, teste de levantar da cadeira.
Exames de imagem: como DEXA, bioimpedância ou ultrassonografia muscular.
Tratamento da sarcopenia
O tratamento deve ser individualizado e pode incluir:
1. Exercício físico
O treinamento de força (musculação) é o mais eficaz para estimular o crescimento muscular.
Deve ser supervisionado e adaptado à capacidade do idoso.
2. Alimentação adequada
Consumir proteínas de alta qualidade (carnes magras, ovos, leite, leguminosas).
Distribuir a proteína ao longo do dia, não apenas em uma refeição.
Garantir ingestão suficiente de calorias e micronutrientes.
3. Suplementação
Pode incluir proteína em pó, creatina e vitamina D, sempre com prescrição médica.
O uso sem orientação pode ser ineficaz ou até prejudicial.
4. Tratar causas associadas
Controlar doenças crônicas.
Reduzir períodos de imobilidade.
Prevenção
A prevenção começa antes dos 60 anos:
Manter atividade física regular.
Alimentar-se de forma equilibrada e rica em proteínas.
Evitar dietas muito restritivas sem acompanhamento.
Consultar regularmente o médico para acompanhamento.
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