Suplementos para idosos: quando ajudam e quando podem atrapalhar
- geriatragustavo
- 19 de ago.
- 2 min de leitura

Nos últimos anos, o uso de suplementos alimentares entre idosos cresceu bastante. Vitaminas, minerais, proteínas e produtos “naturais” são vendidos como se fossem sinônimos de saúde e energia.
Mas será que todo suplemento é realmente necessário?
O que são suplementos
Suplementos alimentares são produtos que fornecem vitaminas, minerais, aminoácidos ou outras substâncias que, teoricamente, complementam a alimentação. Eles podem ser úteis para corrigir deficiências ou auxiliar em situações específicas, como perda de massa muscular, osteoporose ou algumas doenças oculares.
Quando eles podem ajudar
Deficiências comprovadas por exames (como vitamina B12 baixa ou vitamina D insuficiente).
Prevenção de doenças em grupos de risco (ex.: degeneração macular relacionada à idade, osteoporose).
Recuperação após cirurgias ou doenças graves.
Sarcopenia (perda de massa muscular), associando suplemento a exercício.
Quando eles podem atrapalhar
Uso sem necessidade real, levando a excesso de vitaminas (o que pode causar problemas no fígado, rins ou coração).
Interações medicamentosas, como cálcio reduzindo o efeito da levotiroxina, ou ômega-3 aumentando o risco de sangramento com anticoagulantes.
Duplicidade: o paciente já recebe a substância na dieta ou em outros medicamentos, e nem percebe.
Custo elevado sem benefício comprovado.
O que a ciência diz
Nem todos os suplementos vendidos têm eficácia comprovada. Alguns funcionam bem para situações específicas, outros ainda não têm evidência robusta para justificar o uso rotineiro. A decisão deve sempre ser personalizada.
O papel do geriatra
O médico geriatra avalia de forma ampla:
Histórico clínico
Lista de medicamentos
Resultados de exames
Estilo de vida e alimentação
Assim, é possível escolher apenas o que realmente trará benefício, na dose certa, pelo tempo necessário, evitando riscos desnecessários.
💡 Mensagem final:
“Suplementos podem ser aliados na saúde do idoso, mas precisam ser usados com critério e acompanhamento médico. O excesso ou uso errado pode trazer mais prejuízo do que benefício.”
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